Cercada de restaurantes, bares e lojas de decoração, a Praça Benedito Calixto se transformou no ponto de encontro dos modernos e dos amantes de antiguidades.
O nome da praça localizada no bairro de Pinheiros é uma homenagem ao artista plástico e historiador Benedito Calixto de Jesus, o que parece casar bem com tudo o que o local oferece.
Yafim Pieczynski, comerciante e expositor da feira, compra muita mercadoria que muitas vezes nem chega a ser vendida aos freqüentadores. “A gente acaba comprando muita mercadoria e vende para os próprios comerciantes, no mesmo dia”. Ele conta a história de um pequeno broche de estimação que todos os seus colegas cobiçam, mas que por mais que o artefato seja estranho, ele não vende.
Sempre aos sábados, das 10 da manhã até o cair da tarde, o quarteirão inteiro é tomado de gente de diversos estilos. Há quem vá para conferir as novidades expostas pelos artesãos e há quem prefira passar pelas barracas de comidas típicas. “A feira agrada em todos os sentidos, agrada a barriga e o bolso também, diz Ana Maria Arcieri, aposentada.
Para o doceiro conhecido apenas como Seu Obeny, trabalhar com o alimento para seres humanos exige amor, carinho e respeito. Sua barraca já foi mencionada no Guia de Paris do ano 2004 com os dizeres: “quando estiveres em São Paulo, visite a Feira de Arte, Cultura e Lazer da Praça Benedito Calixto e não se esqueça da barraca de doces do Obeny”. Realmente não deixe passar essa oportunidade e não resista ao brigadeiro com baba de moça, uma tentação!
Os amantes da música não ficam de fora dessa atração paulista. O projeto “Chorinho na Praça” acontece há quinze anos e atrai gente de todas as idades. O conjunto atual é formado por Angélica na clarineta, o Rodolfo no bandolim, o Seu José no cavaquinho e Seu Wilson no violão. Dona Ana Maria recorda: “há muito tempo atrás, já tinha música e hoje eu vim escutar mais um pouquinho”.
A “Benê”, como é conhecida pelos freqüentadores, também é considerada uma ponto de referência cultural da cidade de São Paulo. O artista de rua, Guilherme Folko afirma que no meio da “babilônia” ele pode trabalhar, porque há pessoas de vários tipos. “Tem aqueles que odeiam os palhaços de rua e aqueles que adoram e que ficam super empolgados”. De acordo com ele, isso é bom, mas é necessário sempre variar e procurar novos lugares.
Para Felipe Américo, aeroviário e freqüentador esse não é apenas um programa para casais: “É pra todo o tipo de público. Interessa a todos”.
Nesse lugar, a nostalgia e a modernidade habitam o mesmo espaço e atraem o mesmo público. Com tanta diversidade a Praça Benedito Calixto é uma ótima opção para um sábado divertido.